domingo, 29 de outubro de 2000

Gazeta Mercantil / Gastronomia - 27, 28 e 29/10/2000

Promoção para talentos de fim de semana
O Atelier Gourmand está promovendo o "1º Campeonato de Receitas de Risotos". As receitas devem ser enviadas até 10 de dezembro. Profissionais do próprio Atelier vão selecionar as doze mais criativas e, no dia 14 de dezembro elas serão preparadas por seus autores na sede da escola e dgustadas por um júri profissional que vai avaliar do sabor à técnica de preparo. Prêmios incluem viagem a Paraty, fogões, panelas Le Creuset, etc.

quarta-feira, 25 de outubro de 2000

Jornal Valor / Eu -Consumo - 25/10/2000

Depois do tomate seco, os indefectíveis cogumelos
Claudia Amanda
De São Paulo
Duas das maravilhas do reino fungi não são mais privilégio da culinária japonesa. Os cogumelos shitake e shimeji tomaram de assalto cardápios de outras nacionalidade e, a exemplo de ingredientes que viraram mania com o tomate seco, já ultrapassarem a última fronteira do processo de popularização: a pizza.
Trazidos ao Brasil pelo imigrantes japoneses, essas delícias só ganharam destaque depois que as casas orientais caíram nas graças do paulistano. "Ante era dificil encontrar esse produto e o preço era altíssimo. Agora, quase toda semana recebo uma amostra de um produtor novo", conta o chef Frederico frank, que assumiu recentemente o comando das caçarolas do Le Tan Tan. No cardápio do restaurante - que deverá ser reformulado no início de novembro - dois pratos ostentam o dedinho oriental: uma bruschetta com creme de alho-póró e um risoto.
No Cantaloup, outra casa consagrada na cidade, a história é a mesma: risoto e medalhões levam cogumelos. "Procuro incluí-los nos pratos como ingredientes normais, sem esse estigma de culinária japonesa", explica o chef Douglas Santi, que evita a combinação com molhos e outros produtos que possam atenuar o sabor levemente àcido do shitake e ligeiramente picante do shimeji. "É um ingrediente nobre, ainda muito elitizado por causa do preço", continua Santi, que costuma pagar cerca de R$ 16 pelo quilo de shitake.
Apesar do preço alto, segundo a gastrônomia Ana Paula Moraes, proprietária do Atelier Gourmand, ainda é vantagem usar shitake ou shimeji nas receitas.
"Outros cogumelos, como o Porto Belo e o Portini, chegarama custar muito mais. Além disso, a produção nacional fornece o produto fresco, o que é mais apropriado para determinados pratos, como é o caso das saladas", explica.
Mesmo ainda não sendo habitueès dos carrinhos de feira brasileiros, esses cogumelos já podem ser encontrados no Mercado Municipal, em algumas feiras e em supermercados. Para preparar em casa, Ana Paula oferece, em sua escola, a aula "Cozinhando com cogumelos". Uma das dicas da chef é não exagerar na gordura e evitar lavar a iguaria, " já que eles são como esponjas e absorvem os líquidos". Depois desses toques, é só levar esses orientais para dentro da geladeira.
Para fazer e comer:
"Cozinhando com cogumelos", dia 5 de novembro no Atelier Gourmand (120,00). Rua Bela Cintra, 1783 - Jardins tel: 3060-9547.
Le Tan Tan - Rua Álvaro Anes, 43 - Pinheiros - 3814-8662
Cantaloup - Rua Manoel Guedes, 474 - Itaim - 3846-6445

terça-feira, 24 de outubro de 2000

O Estado de S.Paulo / Agenda - 24/10/2000

Trufas - A confeiteira Mara Rocha Mello ministra amanhã no Atelier Gourmand, curso de trufas: técnicas e receitas. No programa, trufa ao conhaque, trufa com pistaches, trufa branca, trufa de chocolate meio amargo, trufa de caramelo, entre outros. Informações pelo telefone 3060-9547

quinta-feira, 12 de outubro de 2000

O Estado de S.Paulo / Persona - 12/10/2000

Vão até o dia 10 de dezembro as inscrições para o primeiro Campeonato de Receitas (risotos) do Atelier Gourmand, de Paula Moraes e Heloisa Bacellar.

domingo, 8 de outubro de 2000

Jornal Valor/ Palavra do chef - 06,07e 08/10 de 2000

Comportamento na cozinha pode revelar a sua personalidade. Por Ana Paula Moraes, para o valor
Temperamentos, sabores e emoções
Quando voltei ao Brasil depois de concluir meu mestrado em Psicologia do desenvolvimento infantil, pela Universidade de Cornell, em Nova York, e resolvi abrir uma escola de culinária, cheguei a pensar que estava jogando dez anos de estudo fora. Ninguém acreditava que eu iria abandonar a minha carreira para pilotar um fogão.
No início, as profissões pareciam muito diferentes. Para quem olha de fora, asar um pão em nada se assemelha com a qualidade do vínculo emocional de uma criança. Mas, no fundo, minha tese envolvia coletar informações sobre a maturidade emocional sem que os adultos ou crianças envolvido percebessem. Para isso usava desenhos. Fiz uma verdadeira ginástica artística para coletar informações que hoje, eu percebo, estão aí, ao redor da nossa mesa todos os dias.
Depois de conviver um ano com centenas de alunos, percebo que a psicologia da alimentação é riquíssima e começa muito antes de as pessoas se sentarem à mesa.
Sobre esse assunto, tem um livro excelente, chamado "Tender at the Bone" - algo como "sensível até os ossos" -, que ganhei de um amigo.
A autora Ruth Reich, conta que era capaz de aber o humor da mãe apenas abrindo a geladeira.
E isso é bem verdade. O que compramos e o que somos capazes de produzir com aquele alimento diz muito do nosso estado emocional. Já vi pessoas comprar meio supermercado sem ter a menor idéia do que vão fazer com tudo aquilo. O pior é que, na maioria dos casos, elas acabam comprando justamente aquilo de que não precisam.
Ansiedade, insegurança, negativismo, preserverança e sociabilidade são apenas alguns dos traços facilmente revelados na cozinha. O ansioso abre o forno 30 vezes para ver se o bolo está pronto; o inseguro, na dúvida , dobra a receita; o pessimista é o autor do sufê mais baixo; o perseverante deixa empelotar o molho branco e pede novos ingredientes para repetir a receita; já o sociável sempre está disposto a dividir a manteiga com quem precisar.
Além de despertar comportamentos externos, a comida também desperta em nós emoções. A "comida da alma", expressão da Nina Horta, é aquela que conforta que tem sabor da infância. É aquela que está perdida no tempo e parece nunca mais voltar. O bifinho, o bolo ou o mingau não teriam hoje o mesmo sabor. A comida da alma é normalmente muito simples e desprentensiosa. Nunca vi uma pessoa dizer que sente saudades da terrine de legumes do Mediterrâneo. É como essa receita de bolo de banana que resolvi compartilhar com vocês. Ganhei de um feirante de que gosto muito, o "seu" Miguel. Durante anos eu comprei banana dele. Hoje mudei de bairro, mas a feita do Pacaembu continuará sendo para mim o lugar mais perfeito para comprar esses ingredientes da alma. Também percebi que a comida da alma é muito ligada a imagens femininas. Ainda não encontrei uma receita dizendo bolo de fubá do tio João ou do vovô Antônio.
A psicologia da alimentação existe e é fascinante. Todos os dias eu alimento os meus fermentos de pão.
São culturas de lactobacilos que trouxe de diversos lugares do mundo. Obviamente essas culturar são influenciadas pro fatores físicos, tais como a qualidade da farinha, a umidade, a temperatura do ar, a água. Mas existe um outro fator que altera o crescimento dos meus fermentos: o meu estado de espírito.
Há dias em que a cultura está explodindo, cresce o dobro do normal. Já durante uma semana que estive atarantada e deixei uma funcionária - que achava aquilo tudo uma grande bobogem - alimentar os meus "filhos", não preciso dizer que meus "levains" quase não cresceram.
Coincidência ou não, uma das minhas culturas morreu quando me separei.
Hoje, acredito que se tivesse de escrever minha tese novamente, não precisaria ir tão longe. Na minha mesa existe um banquete de informações.
Quem sabe um dia isso vire um doutorado.
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Ana Paula de Moraes é proprietária do Atelier Gourmand e estudiosa de gastronomia
BOLO DE BANANA PACAEMBU
Uma receita com sabor de infância
Ingredientes:
2 xícaras de chá de açúcar
1 xícara de cha de manteiga
2 xícaras de chá de farinha de trigo
1 xícara de chá de maisena
2 ovos
2 colheres de chá bem cheias de fermento
1 copo de leite
8 bananas nanicas maduras
4 colheres de sopa de açúcar para a calda de caramelo
Modo de fazer:
  1. Utilize uma fôrma de alumínio redonda. Pique as bananas em tiras compridas e finas e reserve-as. Leve a Fôrma com as 4 colheres de açúcar sobre a chama baixa do fogão.
  2. Mexa devagar até o açúcar derreter. Espalhe a calda por toda superfície. Grude as tiras de banana na calda derretida, de forma a cobrir todo o fundo e laterais da fôrma e reserve-a.
  3. Bata na batedeira o açúcar e a menteiga até obter uma mistura homogênea. Adicione em seguida os ovos, a maisena e a farinha de trigo.
  4. Depois adicione o leite e o fermento.
  5. Despeje a massa sobre as bananas e leve para assar em fogo médio por cerca de uma hora.
  6. Deixe o bolo descansar por dez minutos dentro da própria fôrma e depois desenforme.

Jornal - Gazeta Mercantil/ Mercantil - 06,07e 08/10/2000

Cursos de outubro no Atelier Gourmand
Uma visita ao Mercado Central acompanhando o chef Sergio Arno, no próximo dia 20, é um dos destaques da programação de outubro do Atelier Gourmand. Já para a segunda-feira, dia 09, estão programadas uma aula especial para os "cheesecake lovers", com receitas variadas da torta, e uma aula sobre pratos do bufê Christian Formon, entre eles salada de couscous: quenelles de frango com açafrão e tartar de frutas com coulis de maracujá e iogurte.
Rua Bela Cintra, 1783 tel: 3060-9547

domingo, 1 de outubro de 2000

Revista Chiques e famosos/ Culinária e terapia - 01/10/2000

Culinária e terapia
O Atelier Gourmand nasceu lançando um novo desafio no mercado: criar uma escola de culinária interativa. Foi pensando exatamente na melhor maneira de se assimilar os conceitos da culinária por seus alunos que a escola foi inaugurada. Cada aluno tem seu próprio fogão, onde prepara as receitas junto com o professor, e ainda pode levar para casa os pratos que aprendeu. Existe uma bancada central, onde são colocados todos os alimentos e utensílios utilizados durante a aula. Em volta desta bancada ficam os 12 fogões, chamados de estações. Os alunos ainda podem levar vinhos champanhes ou outro tipo de bebida que preferirem para degustarem, ali mesmo, os pratos que acabaram de preparar. As aulas funcionam também como uma terapia. O Atelier Gourmand fica na rua Bela Cintra, 1783, em São Paulo tel: 11- 3060-9547.